Há mais de uma década que se verificam ataques ransomware por todo o mundo, mas foi no ano passado que soou o grande alerta para este tipo de cibercrime, quando em Maio o WannaCry afetou mais de 57 mil entidades, empresas e pessoas singulares em 74 países. Ainda que se verifiquem cada vez menos ataques de spam em larga escala, o ransomware tem evoluído para ataques direcionados e está atualmente entre as principais ameaças às empresas, cada vez mais digitais e conectadas.
O ransomware é um software nocivo que uma vez aberto se instala no sistema e restringe o acesso ao mesmo. Os atacantes pedem depois um resgate para restabelecerem o acesso ao sistema, ameaçando a eliminação ou até a publicação dos ficheiros. Sendo o ransomware um dos malwares mais rentáveis, não é de estranhar que ele domine atualmente o mercado do cibercrime.
A importância da proteção contra o ransomware foi tida em conta pela Microsoft, que a incluiu na grande atualização do Windows 10 cujo lançamento está iminente.
A nova secção de proteção contra ransomware vai ficar disponível no Centro de Segurança do Windows Defender, no separador “Proteção contra vírus e ameaças” (ou “Virus & threat protection”, caso o seu sistema operativo esteja em Inglês). Nesta secção encontrará a ferramenta de acesso controlado a pastas, que lhe permite proteger ficheiros de determinadas pastas, impedindo a sua modificação por aplicações desconhecidas e, consequentemente, protegendo-os de ataques ransomware.
Sob o nome de código Redstone 4, a atualização do Windows resulta de mais de um ano de trabalho e o seu lançamento chegou a estar anunciado para a passada semana, mas acabou por ser adiado. Ainda em segredo está também o nome que lhe será dado, mas o mais provável é que esta venha a ser lançada como “Windows 10 Spring Creators Update”, ou atualização de Primavera.